A Constituição do trabalho metropolitano: junho-outubro de 2013
Resumo
As jornadas de junho de 2013 são apreendidas como um levante metropolitano da multidão do trabalho imaterial. Um novo tipo de trabalho, que acontece nos serviços e nas metropoles, enfrenta a mobilidade e, pois, a questão dos transportes como uma variável fundamental de suas condições de vida e de trabalho. O preço e a qualidade dos transportes públicos foram assim o terreno de constituição metropolitana de um novo tipo de luta: ela tem como origem a própria crise da representação e ao mesmo tempo a aprofunda. O capitalismo contemporâneo explora a vida como um todo, a produção de formas de vida a partir de formas de vida, entre as redes e as ruas. De repente, o trabalho também passa a se organizar entre as redes e as ruas, afirmando suas próprias formas de vida. Esse trabalho diz respeito à produção de subjetividade: formas de vida. O que assistimos em junho de 2013 e em seus desdobramentos, é a ascenção selvagem de um "classe sem nome".