Sobre
Título
2013 as redes contam as ruas
Resumo
Análises, balanços, releituras e opiniões sobram ao lembrar de junho de 2013. Todo mundo tem algo a dizer no conforto do distanciamento histórico. Mas e se a gente se propor a ouvir o que foi dito naquela época, nos dias, horas e até minutos dos atos?
Foi esse exercício que fizemos na Escola de Ativismo. E o resultado foi este: uma narrativa histórica construída a partir de uma escuta atenta ao que ficou registrado nas redes sociais durante o ano de 2013. Um olhar passo a passo, post a post, comentário a comentário, para entender como chegamos às “Jornadas de Junho”. E uma vez lá, o que fizemos — e o que foi feito de nós.
Você, por exemplo, lembra que o ano foi aberto com a queda da tarifa em Niterói (RJ)? Os dez mortos na chacina da Maré (RJ)? O Estado de Exceção da Copa e das Olimpíadas? Das milhões de pessoas na Praça Tahir? Das lutas contra o aumento da passagem na Grande São Paulo? E em Goiânia, Aracaju, Recife, Belo Horizonte e Porto Alegre?
Trilhando os passos das redes sociais de coletivos e movimentos sociais, desembaralhando os comentários, notas e manifestos, propomos uma leitura cronológica e uma história daqueles meses.
Nosso levantamento coloca em perspectiva e justapõe diversas visões, fatos e movimentos que, anos depois, pautariam a agenda pública nacional. É possível vislumbrar diversos processos contraditórios: desde a auto-organização coletiva que levou à ocupação das escolas em 2016 até o surgimento de uma extrema direita lavajatista e bolsonarista. Afinal, “o povo na rua é muita gente”.
Afirmar isso, porém, não é contraditório com o caráter rebelde do que foi 2013. Não haver líderes e ter uma difusão de pautas — “não é só por 20 centavos” — não quer dizer que não teve organização, trabalho de base e construção de lutas. Nossa compilação deixa isso evidente ao mostrar como foram os meses que antecederam junho. Ser determinista, traçar uma linha e uma história única sobre o que aconteceu nos anos posteriores, com supostos culpados, é transformar o ovo da serpente num indigesto omelete. É o que mostram as muitas vozes que fazem a história abaixo.
Te convidamos a seguir com ela…
Tipo
Autoria / participantes
Organização/Produção
Ano
2023
Palavra-chave
10 anos depois | Junho de 2013 | Manifestações | Movimento > Movimentos sociais
Idioma
Audiovisual
Equipe técnica
Edição: Caróu Oliveira, Mario Campagnani, Pedro Ribeiro Nogueira, Pesquisa: Caróu Oliveira, Assistente Editorial: Vitória Rodrigues, Cartografia: Aquiles Coelho Silva, Identidade visual: Isabella Alves, Redes sociais: Luiza Ferreira, Nayara Almeida, Vitória Rodrigues, Agradecimento: Will Marques